Uma decisão, uma vitória
Ir. Juliana Montanari
Cheiro de pólvora, cadáveres por todo o terreno. Um dos capelães do exército francês durante a Primeira Guerra Mundial conta que, numa trincheira, doze soldados discutiam qual seria a decisão a tomar. A maioria optava por se render, pois a tática adotada até então, de avançar de trincheira em trincheira até o campo do adversário, trouxera um resultado desolador: de trinta soldados, agora sobrava apenas uma dúzia. No entanto, para alcançarem o território alemão faltavam somente cinco trincheiras. Os mais entusiasmados, porém poucos, queriam enfrentar os tiros das metralhadoras, mesmo sabendo que provavelmente não chegariam vivos. Ante a possibilidade de serem encontrados pelos inimigos e mortos na trincheira, preferiam morrer em campo aberto. Depois de rápida discussão, um curto silêncio se fez, à espera da decisão do mais velho, pois o comandante da tropa já havia perecido:
No entanto, o decano, aterrorizado por ver a morte tão perto e a grande responsabilidade pela vida daqueles soldados, sentou-se sem saber o que fazer e disse:
– Escolham um comandante entre vocês, pois não tenho coragem de assumir tal decisão.
Surpreendidos com a resposta, todos voltaram-se para trás e viram um soldado que até aquele momento não havia dado sua opinião. Calado e de joelhos, rezava o rosário. Quem era ele? Um seminarista, que, por lei, estava servindo o exército francês. Admirados, perguntaram sua idade.
– Vinte e dois anos – respondeu.
Os demais entreolharam-se e concluíram ser ele o mais novo. Por unanimidade, os soldados declararam:
– A partir de agora, serás o nosso comandante. Estamos às ordens!
Levantando-se, o jovem soldado gritou:
– Avante! Se for da vontade de Deus, morramos como corajosos!
A decisão foi imediatamente cumprida. Todos se lançaram no campo a correr, com os fuzis às costas, até a trincheira seguinte. Colocando as mochilas no peito como escudo, chegaram com alguns ferimentos à barricada, mas salvos. Apenas um ficou para trás: era o mais velho que, por falta de proteção, morreu com um tiro no peito e dois na cabeça…
Lembremo-nos que todos os nossos atos serão julgados por Deus. Como comentou nosso fundador Mons. João Clá Dias em muitas ocasiões, pode ser que, em determinado momento, a Providência exija de nossa parte um passo decisivo. O que faremos nessa hora? O que dizer àqueles que, talvez, dependerão de nossa atitude ou de nossa palavra? Não façamos como o pobre decano desta história que não recorreu ao auxílio do Céu. Mas, cheios de confiança, unamos nossas ações às de Nossa Senhora e peçamos que Ela atue em nós. Assim, muito mais que salvar a própria vida, como fizeram esses soldados, estaremos conquistando a pátria celeste!
Salve Maria,Querida Ir.Juliana Montanari,EP,
Esse lindo texto foi Providencial.E como disse Sta.Teresinha do Menino Jesus,
“Tudo é Graça”.
Deus nos dá o livre arbítrio,mas Deus irá SIM nos julgar depois…..Por isso,devemos sempre rezar,sempre recorrermos ao Espírito Santo para que nossas escolhas,nossas ações sejam abençoadas.
No texto acima escrito,algo me tocou muito!!!:
“Como comentou nosso fundador Mons. João Clá Dias em muitas ocasiões, pode ser que, em determinado momento, a Providência exija de nossa parte um passo decisivo.”
Passos decisivos não!!! tem volta.O destino desses passos deverá ser para a busca da Santidade,uma vez que houve a ação da Providência Divina! pois…..”TUDO è GRAÇA!”
Um abraço carinhoso e fraterno,Irmãs Queridas Arautos do Evangelho,EP.
Saudades das Senhoras.
Ceres de Andrade Paes.
Avançar sempre! recuar nunca, mesmo nas maiores batalhas da vida, jamais perder a esperança, com muita humildade, confiança, e sobretudo orações, cumpriremos a missão a que cada um foi reservada nessa terra, assim alcançar a Pátria Celeste.