É necessária a intercessão dos Santos?
Ir.Lays Gonçalves de Sousa, EP
Se voltarmos os olhos ao cume da montanha, facilmente veremos aqueles que, tendo combatido o bom combate e não desistindo da luta, gozam da luz puríssima que de Deus irradia. Contemplando tamanha bem-aventurança, que fazer senão pedir-lhes que nos estendam a mão e nos levem a desfrutar dos mesmos benefícios?
Deus constituiu os Santos como mediadores dos homens e, por isso, é utilíssimo suplicar-lhes o auxílio. “Somos obrigados também à intercessão dos santos, para observar a ordem que Deus estabeleceu sobre nossa salvação, isto é, que os inferiores se salvem, implorando o auxílio dos superiores”.1
Podemos, também, gozar da intercessão dos santos vivos, como ensina Santa Teresa: “É de grandíssima vantagem para uma alma que se dá à oração tratar com os que deveras servem a Deus. […] De tanto conversar com eles, resulta trazê-la para onde estão”.2
Aos poucos estas santas almas nos conduzem ao patamar tão desejado e acabam por nos fazer exercitar a humildade, visto que, sem as súplicas destas não ousaríamos avançar.
A comunicação espiritual com aqueles que já estão desapegados de tudo é de enorme proveito para conhecermo-nos a nós mesmos. Além disso, dá-nos muito ânimo vermos praticados por outros, com tanta suavidade, sacrifícios que nos parecem impossíveis de abraçar. Vendo seus altos voos, nós nos atrevemos a voar também, do mesmo modo que os filhotes das aves o aprendem. Embora não se arrisquem logo a dar grandes voos, pouco a pouco imitam seus pais.3
Se os santos possuem audiência na corte celeste a ponto de poderem salvar inúmeras almas, que dizer d’Aquela que é a Aurora e esplendor da Igreja Triunfante, a Medianeira Onipotente?
Reservamos, portanto, ao próximo post, o papel de Nossa Senhora enquanto Intercessora e Advogada infalível daqueles que a Ela recorrem com verdadeira confiança, por meio da oração.
1 SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO. A Oração. Trad. Henrique Barros. 24. ed. São Paulo: Santuário, 2012. p. 37.
2 SANTA TERESA. Castelo interior ou Moradas. 11. ed. São Paulo: Paulus, 2003. p. 45.
3 Ibid. p. 67.
Salve Maria!
Os santos são propostos pela Santa Igreja para nos imitarmos, o santo é o modelo. A Igreja ao mesmo tempo que declara que eles estão no Céu, e que ali eles são intercessores muito potentes junto a N. Sra, e a Deus, os apontam junto aos fieis para que os fieis imitem. O fiel deve ter diante de si o Santo como ele foi, para ele imitar o Santo, se a gente faz o Santo como o fiel gosta, a gente deforma o Santo, faz um Santo que procura imitar o fiel, é o contrario, nós diante da verdadeira imagem o verdadeiro Santo, devemos tratar de ver do que gostamos e gostar daquilo, e se em algo nós sentimos uma dissonância nós devemos então de tratar de nos corrigir porque aquela dissonância é má, desenvolver as consonâncias, liminar as dissonâncias, aí está o verdadeiro caminho que se deve seguir. Isso assim posto nós compreendemos bem a importância que há em conhecer a verdadeira fisionomia dos santos.
Conferencia sobre Santidade em São Paulo.