“Ó MORTE, ONDE ESTÁ TUA VITÓRIA?”
Ir. Thaynara Ramos Siedlarczyk, EP
É verdade que, em muitos casos, a morte se apresenta com o aspecto de tragédia. A erupção de vulcões, terremotos, tsunamis, desabamentos, e tantas outras desordens da natureza que com espantosa assiduidade têm visitado o planeta nos últimos anos, disseminam a morte por onde passam e deixam a impressão de um justo castigo pelas iniquidades dos homens. Realmente, quantas dessas desgraças não aconteceriam se os homens obedecessem e amassem mais ao Criador do universo? Quantas tristezas, dores e aflições seriam poupadas aos homens, se soubessem dizer não ao pecado, o qual traz consigo não só funestas consequências espirituais, como também temporais!
Entretanto, se procurarmos nessa mesma realidade os vestígios da misericórdia de Deus, não nos será difícil encontrá-los. A começar pelo temor que tais calamidades suscitam nas consciências adormecidas, incitando-as à emenda de vida. O medo nem sempre propicia a conversão, mas quantas vezes é este o elemento usado por Deus para tocar corações que há muito se afastaram d’Ele! Ao ver a morte ceifar a vida alheia, muitos se põem o problema: e se fosse eu, estaria preparado? E inclusive entre os que são levados para a eternidade, quantos não recebem uma última graça que os leva a uma contrição perfeita e, portanto, a reatar a amizade com Deus? Que multidão de almas não se salvam nesse instante, pelo simples fato de terem rezado com fé a Ave-Maria, suplicando a intercessão da Mãe de Deus “agora e na hora da nossa morte?”
Assim sendo, até mesmo nessa época tão conturbada da História, o triunfo do Redentor sobre a morte continua a produzir gloriosos frutos de vida. E todos os que n’Ele colocam sua esperança bem podem exultar em uníssono com o Apóstolo: “Graças, porém, sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!” (I Cor 15, 57).
1 PLAUTUS, Titus Maccius. Asinaria, II, 4, 88. In: Comedias. Madrid: Gredos, 1992, v.I, p.138.
Parabéns, Ir. Thaynara pelo excelente artigo.