Três reis à busca do Rei
Ir.Juliane Campos, EP
Quanta poesia encerra esta sintética narração do Evangelho! Grandes e pequenos imaginam as longínquas terras do Oriente: deserto, calor, pedras preciosas, ricos e coloridos tecidos, turbantes, camelos e até mesmo elefantes (meio de locomoção do séquito do rei proveniente da África). Uma estrela, que brilha com intensidade fulgurante, faz com que os três grandes e poderosos monarcas do Oriente, estudiosos dos astros e conhecedores das escrituras, deixem seu reino e partam em busca d’Aquele que é o Rei dos Reis, Rei de todas as nações e Sol de Justiça: um Deus feito Menino.
Enfrentando todas as adversidades do transcurso, encontram-se eles nas areias douradas do deserto e seguem juntos no caminho que os levará a Jerusalém. Não medem esforços, levam seus tesouros mais preciosos, ajudam-se. Sendo eles também monarcas, querem encontrar-se com o Rei, não só para Lhe renderem suas homenagens, mas também para adorá-Lo.
Um Rei-Menino, um Menino-Deus, nascido de uma Virgem e posto num Presépio… Que aparente contradição! No entanto eles crêem, eles buscam, eles chegam por fim a Jerusalém. Depois de um contato com o perverso, invejoso e orgulhoso Herodes, que queria encontrar o Menino para matá-Lo, pois lhe parecia um rival, partem os Magos de Jerusalém para Belém de Judá, pois, conforme as profecias, aí deveria nascer o Salvador de todos os homens. Uma vez mais contemplam a bela e rutilante estrela que lhes havia guiado desde o Oriente e se enchem de alegria pela proximidade do encontro com seu Rei.
Chegando a Belém, encontram Maria, José e o Menino, este deitado em humilde manjedoura, aquecido por palhas e pelo amor de sua Mãe. Prostrando-se, O adoram! Abrindo seus tesouros Lhe oferecem ouro, incenso e mirra. Segundo as tradições orientais, eles prostraram-se por terra por reconhecerem nesse Menino seu Rei e seu Salvador. Ninguém, no Oriente, se apresentava diante de um rei sem lhe oferecer presentes. Os Magos entregaram a Jesus os melhores tesouros do Oriente: o ouro, como a um Rei, o incenso, como a um Deus e a mirra, como a um Homem mortal, já que esta simboliza o sofrimento. De regresso, voltaram por outro caminho para sua terra, pois Deus lhes avisou em sonhos que não retornassem à presença do malvado Herodes.
[…] Ir.Juliane Campos, EP Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, reinando o Rei Herodes, eis que uns Magos chegaram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está o Rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque nós vimos sua estrela … Continuar lendo → […]
Maria, Rainha mãe de Deus.
Poderá o homem ver a Deus? Certamente que não. Esta pergunta e esta resposta deu origem a tudo. A verdade é que Deus sempre esteve no meio de nós, interagindo com os homens e dando aos mesmos todas as glórias destes encontros.
Aquela criança nascida em Belém era simplesmente o criador de todas as coisas. Este é o princípio de toda crença Cristã. Quem não crê nisso não poderá ser chamado cristão. O Filho do homem é a versão que o próprio Deus se fez para estar no meio de nós. Foi Ele quem quis assim uma versão que não poderia ser separada do Deus vivo e imutável. Se Maria foi a Mãe Deste que não deixou de ser Deus, como não ser ela a mãe de Deus? Devemos pois lembrar que foi Ele quem quis assim, e foi feito a Sua vontade. Ela superou as adversidades e as tradições ferrenhas do seu tempo para o seu sim incondicional a Deus. Parece fácil nos dias de hoje, para os que não conhecem leiam a respeito dos costumes e tradições do tempo de Jesus.
Na verdade aquela religião da época não se interessou em receber o Rei dos judeus. Eles indagados pelo sanguinário Herodes responderam prontamente onde haveria de nascer o Rei dos judeus, mas eles mesmos não se interessaram por Ele. A invasão de dromedários na terra santa, nada significou para os que viviam em palácios, exceto o dissimulado Herodes. ” Ele veio para os seus e os seus não O receberam”.