Deixa-te banhar por esta luz!
Ir. Letícia Gonçalves de Souza, EP
Ora, algo análogo ocorre quando os homens, querendo assemelhar-se aos Anjos, ensinam, através de suas obras, a “linguagem” muda que proclama a grandeza do Verbo Divino.
Isto se passa ao entramos em uma catedral, idealizada e construída por mãos humanas, na qual a penumbra, a solidão e o silêncio convidam a esquecer a agitação e o desejo pelas coisas terrenas.
Em determinado momento, vemos que um raio de luz quebra essa penumbra, chamando a atenção a algo superior ao isolamento: a presença de Deus. Quão mais bela é a catedral matizada pela luz que penetra no vitral! Dir-se-ia que emana dessa claridade algo não visível aos olhos carnais. Luz que se intensifica de forma suave até tonificar o ambiente com sua presença.
As graças concedidas por Deus transcendem enormemente qualquer categoria de exemplos. Como, porém, a figura de um vitral nos recorda aquela “voz de Cristo, voz misteriosa da graça” que ressoa no silêncio dos corações e murmura “no fundo de nossas consciências palavras de doçura e de paz”! 1. Entretanto, o que é o vitral sem os raios de luz e o que somos nós sem a graça?
Nosso Senhor Jesus Cristo é verdadeiramente o Sol de Justiça que penetra suavemente nos corações. Os que se deixam banhar por esta luz tornam-se um templo vivo no qual habita o Rei do Universo.
1 SAINT LAURENT, Thomas de. O Livro da Confiança. São Paulo: Artpress.