O pintor do sobrenatural

Irmã Carmela Werner Ferreira, EP

Cai a tarde na bela Florença. Por suas estreitas ruas entrecruzam-se mercadores ávidos de lucro e artistas sedentos de celebridade, e difunde-se pelos ares um burburinho irrequieto, envolvendo desde discussões sobre o preço do trigo até acaloradas polêmicas sobre o mérito de um novo estilo de fachada. Ao longe, ouve-se alguém declamar trechos de Dante, e o som de melodias de alaúde indica a presença de um trovador.

É a vida renascentista do Quattrocento palpitando nas artérias da cidade, onde os gênios da escultura, arquitetura, pintura e literatura disputam o espaço nas calçadas, enquanto anseiam por um lugar de destaque no firmamento dos grandes da arte.

A poucas quadras de distância desse ambiente humanista, uma realidade bem diversa circunda outro talento. No silêncio claustral do Convento de São Marcos, instalado no alto de um andaime e sussurrando orações, um frade traça com pulso firme desenhos na parede e pinta com tintas de extasiante colorido, elaboradas por ele mesmo segundo receitas ensinadas pelos antigos. Suas destras mãos configuram anjos, Madonnas, santos e personagens bíblicos, compondo cenas que edificam e suscitam admiração.

Não ignoram seus confrades o valor de seu estro, nem sua predileção pelos anjos, que sabe pintar com perfeição. Por isso, chamam-no com afeto pelo cognome com o qual passaria para a História: Fra Angélico.

Vocação religiosa e artística

Guido di Pietro Trosini — esse era seu nome antes de se tornar religioso — nasceu no vilarejo agrícola de Vicchio di Mugello, nas proximidades da capital da Toscana. A cronologia do venerado pintor é bastante incerta, devido à escassez de fontes documentais, razão pela qual os estudiosos situam seu nascimento entre os anos de 1387 e 1400.

Sua infância transcorreu no povoado natal e a certa altura de sua juventude mudou-se com sua família para Florença. Antes de completar vinte anos, inscreveu-se na oficina artística da Companhia de São Nicolau, onde aprendeu em pouco tempo os segredos da iluminura e da pintura sobre tábua com o célebre Lorenzo Monaco.

Ao lado do pendor artístico, não tardou a revelar-se a vocação religiosa, que ele sentiu com clareza durante uma pregação do Beato João Dominici, na Igreja de Santa Maria Novella. Esse dominicano de reconhecida verve e santidade foi o instrumento da graça para conclamar o jovem Guido às fileiras dos frades pregadores, indicando-lhe, por sua força persuasiva e exemplo pessoal, o caminho de vida evangélica traçado por São Domingos de Gusmão.

Pouco depois dessa prédica, ei-lo às portas do Convento de São Domingos, em Fiesole, pedindo para ser admitido. Levou consigo seu irmão Bento, e ambos foram recebidos com júbilo pela comunidade. Por guardar enlevada lembrança da figura de João Dominici, quis também chamar-se João na vida consagrada, e experimentou nesse convento as alegrias primaveris que costumam inundar a alma dos noviços.

O carisma da ordem projetado nas telas

Seguiram-se os anos de estudos filosóficos e teológicos, os quais fariam dele um profundo conhecedor da doutrina cristã, tomista ardoroso e sacerdote de sólida piedade. Nesse período, o prior do convento, o futuro Arcebispo Santo Antonino de Florença, teve uma intuição certamente inspirada pelo alto, ao compreender que os dotes artísticos de Frei João constituíam um eficaz auxílio para a pregação da Palavra de Deus. Percebeu não ser necessário afastá-lo da paleta e dos pincéis para o cumprimento de sua vocação; pelo contrário, incentivou-o a projetar nas telas a riqueza do carisma de sua Ordem. E ele soube fazê-lo melhor que ninguém.

Com efeito, a existência de Fra Angélico e toda a sua obra artística estão alicerçadas na espiritualidade dominicana. Convencido de que o mesmo sopro do Espírito Santo que animava os irmãos de hábito no púlpito deveria impulsionar seu pincel, ele abraçou o ideal de pregar pelas imagens, como os demais faziam pela palavra. “Se o pintor dominicano queima horas no ateliê, é por pura necessidade espiritual, por querer ser consequente com sua vocação religiosa”, comenta um dos seus biógrafos. 1 Sem partir desse pressuposto, nunca o entenderemos por completo nem apreciaremos todo o esplendor de seu legado.

Na harmoniosa alternância entre as obrigações da vida comunitária e o apostolado através da arte, a obra desenvolvida pelo frei pintor foi muito ampla e fecunda. Ela costuma ser dividida em três grandes fases, relativas aos anos transcorridos nas cidades onde viveu: Fiesole, Florença e Roma.

Primeiros anos em Fiesole

O período fiesolano (1420-1438), é o mais extenso. A significativa lista de obras realizadas nesses dezoito anos abrange desde encomendas para igrejas célebres, e para o próprio convento dominicano, até pedidos de famílias abastadas, desejosas de decorar com esplendor as capelas dos seus palácios. Entre as obras mais importantes dessa época contam-se A descida da Cruz, feita em colaboração com o mestre Lorenzo Monaco, a qual hoje se encontra no Museu de São Marcos, em Florença; A Anunciação, conservada no Museu do Prado, de Madri; e A Coroação da Virgem, atualmente no Louvre, Paris.

Fra Angélico foi por três vezes prior do convento dominicano de Fiesole, fundado pelo Beato João Dominici com o objetivo expresso de promover a reforma da Ordem incentivada por Santa Catarina de Sena. Sua atuação, portanto, seja como superior religioso, seja como pintor, tende a valorizar a essência da espiritualidade dominicana, a observância da Regra, e contém uma nota de austeridade que nunca se ausentará de suas composições. Mesmo nas telas de grande magnificência, onde abundam o ouro e ambientes apalaciados, os personagens permanecem sóbrios, despretensiosos e alheios aos atrativos materiais.

Fiesole, contudo, representa tão somente a primeira etapa da trajetória de Frei João, e certamente aquela de que guardaria as mais ternas recordações. Outros e maiores eram os planos que o Senhor lhe reservara, a serem cumpridos não mais no retiro de uma pequena vila toscana, mas no coração turbulento da Cidade do Lírio Vermelho.

Os afrescos do convento de São Marcos

Falar de Florença na época em que nela viveu o Angélico acaba conduzindo, cedo ou tarde, a falar da família Médici. E ela cruzou também pela vida de nosso beato e da comunidade dominicana quando um de seus próceres, o poderoso conde Cosme, pediu com insistência ao Papa Eugênio IV para confiar a esses frades tão virtuosos certo convento abandonado, no intuito de revitalizar um espaço que lhe parecia muito aproveitável. O pontífice acedeu, e no ano de 1438 chegaram da vizinha Fiesole vários religiosos dessa ordem para impulsionar os trabalhos de reconstrução e implantar em Florença uma reforma espiritual da qual ela bem necessitava. Fra Angélico encontrava-se entre eles.

Do antigo convento — reconstruído sob o patrocínio de Cosme de Médici — pouco restou além do nome de São Marcos. Conforme as novas paredes iam sendo concluídas, tornavam-se campo de ação para o frade pintor. Deslumbrado com os dotes do jovem artista, dispôs-se o potentado a financiar as não pequenas despesas materiais dos afrescos; e como dar esmolas não lhe custava nenhum sacrifício financeiro, Frei João pôde realizar sem dificuldades um magnífico trabalho.

O período florentino de Fra Angélico (1439-1445) esteve todo dedicado à pintura do Convento de São Marcos, o qual constitui sua obra magna e o maior tesouro que nos deixou. Para a dedicação da igreja conventual, acorreu inclusive o Sumo Pontífice, o qual ficou admirado ao percorrer as celas dos frades: todas eram decoradas com magníficas pinturas murais retratando cenas do Evangelho. Estupefato diante de tamanho talento, Eugênio IV convocou Frei João para embelezar o Vaticano. E o santo pintor não podia deixar de aceitar essas incumbências, inclusive porque, como aponta um autor, a Igreja não o convoca para um mero labor artístico, mas “solicita sua contribuição para contra-arrestar a força do Humanismo pagão”. 2

Em Roma, convocado pelo Papa

Assim se inicia o período romano (1445-1455), entremeado por uma estância de três anos (1450-1452) na sua saudosa Fiesole e algumas curtas estadas em Orvieto. Devem-se a seu incomparável gênio várias obras no Palácio Apostólico, como os afrescos da Capela Nicolina — assim chamada em honra do sucessor de Eugênio IV — que retratam a vida de Santo Estêvão e de São Lourenço e constituem uma das maiores preciosidades dos Museus Vaticanos. Infelizmente, as pinturas executadas na Capela do Santíssimo Sacramento e no gabinete de trabalho do Sumo Pontífice foram desfeitas no século XVI.

Durante sua permanência em Roma, o Papa Eugênio IV, ofereceu-lhe o Arcebispado de Florença. Por humildade, ele recusou e sugeriu para essa alta dignidade seu confrade Santo Antonino. Essa sugestão, acolhida sem hesitação pelo Pontífice, não poderia ter sido mais feliz.

Preparava-se Fra Angélico para ornar a Basílica de Santa Maria sopra Minerva, adjacente ao convento no qual residia em Roma, quando o Senhor o chamou a Si, no dia 18 de fevereiro de 1455. Sua morte foi serena, tal como a vida, e os contemporâneos não só elogiaram suas telas e afrescos, mas souberam apreciar-lhe também a virtude, a ponto de deixar consignado na lápide do pintor: “Mereceu a glória mais por sua caridade do que por sua arte”. O mesmo diríamos nós, pois, embora não o tenhamos conhecido em vida, podemos admirar suas obras, e estas testemunham que, mais do que um artista, Fra Angélico foi um santo.

O espírito triunfa sobre a matéria

Detenhamo-nos por alguns instantes nas encantadoras pinturas deste mestre do pincel e penetremos na atmosfera sobrenatural que ele, como ninguém, soube criar. Os personagens transcendem de tal modo as debilidades de nossa natureza decaída que quase diríamos serem isentos da mancha original. “Seus afrescos e retábulos”, afirma o professor Plinio Corrêa de Oliveira, “retratam homens para os quais esta vida terrena é antecâmara da celestial. Ele reproduz em suas pinturas pessoas imbuídas de uma luz, claridade e leveza inexistentes no cotidiano real”. 3

Nelas refulgem as virtudes da temperança e da castidade em grau eminente, muito bem expressas na leveza dos gestos, na modéstia dos modos e nos rostos. São figuras, acrescenta o mesmo autor, “dotadas de um fulgor vindo de dentro para fora e que ilumina todo o seu ser. Porque o espírito é claro, enquanto a matéria é opaca. A intenção do artista é exatamente representar essa irradiação do espírito”. 4

Os célebres anjos possuem expressões límpidas e apresentam-se prontos a percorrer as vastidões siderais para cumprir alguma determinação divina. São espíritos pacíficos, não submetidos à lei da gravidade, transmissores de uma mensagem simples, mas carregada de bênçãos e alegrias. Eles nos falam do Céu, onde poderemos ouvir as melodias de seus instrumentos de ouro e gozaremos a ansiada visão beatífica, da qual já participam. E nos sugerem que só alguém com igual temperança e o mesmo senso das harmonias poderia retratá-los tão bem assim.

Fra Angélico não conheceu a inveja, ou, mais provavelmente, teve grandeza de alma para rejeitar este vício a ponto de viver e pintar como se ele não existisse. Até mesmo o insuspeito Hegel, surpreso por encontrar tanta candura, haveria de confessar: “Fra Angélico criou uma obra que nunca foi superada na profunda sinceridade de sua concepção”. 5

Contemplar sua pintura é, em suma, receber uma alta e sublimada lição de espírito católico, na qual descobrimos uma representação do gênero humano talvez distante do que é, mas muito próxima do que deveria ser.

Alma medieval em plena Renascença

À semelhança de um botão de rosa, o qual, cortado da roseira, ainda abre graciosamente suas pétalas longe das raízes, pode-se afirmar que o Beato de Fiesole possuiu uma alma medieval quando havia já terminado a Idade Média. Os críticos de arte mostram-se unânimes sobre este particular: “A pintura de Fra Angélico foi definida expressão duma inspiração religiosa tipicamente medieval, uma pintura duma serenidade que não conhece turbações e que nasce num ambiente paradisíaco continuamente inundado de luz”. 6

Com efeito, não se nota em suas pinturas diáfanas aquela exaltação do elemento humano, característica dos notáveis da Renascença, e muito menos a intemperança com a qual estes procuraram exprimir a todo custo, em obras pouco recatadas, fruições terrenas muito intensas que produzem ao mesmo tempo delícias e dilacerações.

Não, Fra Angélico não participava deste espírito, porque sua união com Deus o fazia compreender que o homem só é grande quando é humilde, e toda alegria humana deve ser reflexo do gáudio sobrenatural proveniente do estado de graça e de uma vida virtuosa.

Sua conduta pessoal se harmonizou com a concepção artística; em ambas ele se mostra “perfeitamente puro e casto, humilde e luminoso”. 7 Este é o aspecto pelo qual ele mais se distancia dos seus contemporâneos. “Com exceção de Fra Angélico”, afirma um historiador, “não há talvez um artista desta época que, ao lado de cenas evangélicas, não tenha nas suas obras muitas outras de sentido oposto”. 8

Técnica prodigiosa e arrojada

Em contrapartida — e aqui o paradoxo realça mais o seu gênio —, Fra Angélico está na vanguarda de todo o progresso pictórico logrado até então: “Não ficou insensível às grandes inovações artísticas e a tudo aquilo que estava acontecendo ao exterior dos muros do mosteiro”. 9 Ele traçava em perspectiva com mais qualidade que todos os outros seguidores de Giotto, e até vestia lindamente seus anjos segundo os padrões dos famosos tecidos produzidos em Sena.

Quem estuda sua pintura encontra vestígios de uma crescente assimilação das inovações estilísticas da época: “Este avanço progressivo das novas formas, que se descobrem paulatinamente em sua pintura, demonstra que foi receptivo à lição cultural de sua sociedade e de seus colegas”. 10 Atento às descobertas e incrementos dos coetâneos, e ele próprio um descobridor de primeira linha, Fra Angélico compreendeu o proveito a ser tirado das novas possibilidades e invenções, para a maior eficácia do apostolado.

Várias de suas pinturas são obras-primas do Primeiro Renascimento e influenciaram em larga medida as subsequentes gerações de pintores, por encerrarem o que de melhor se conseguira até então atingir. O Juízo Final, afresco do Convento de São Marcos, ostenta uma técnica prodigiosa e é a mais arrojada obra em perspectiva da época. Também sua privilegiada capacidade para exprimir os sentimentos religiosos é tomada como ponto de referência.

Deve-se mencionar ainda a beleza das tintas, feitas em circunstâncias bem diversas das atuais, abundantes em recursos tecnológicos. Produtos do engenho do Angélico, apresentam arrebatadora variedade cromática, empregada com ousadia e bom gosto. Sua predileção pelo azul é manifesta, e ele sabe explorá-lo nas suas diversas tonalidades, sobretudo o azul da Alemanha, o índigo e o azul ultramar. A matéria-prima desta tinta era o lápis-lazúli, elemento muito raro e valioso naquela região, e enobrecido ainda mais pelo uso ímpar que o artista soube dar-lhe. Verdadeiramente, este homem espiritual, esquecido das coisas terrenas, soube fazê-las melhor que muitos artistas de seu século, atentos a toda novidade, mas olvidados das coisas de Deus.

O São Tomás da pintura
“Se não tivesse sido dominicano”, Fra Angélico “não teria sido o artista que foi”. 11 Esta observação de um de seus biógrafos encontra plena justificativa na obra de nosso Bem-aventurado, o qual se abeberou nas fontes da Suma Teológica para plasmar sua concepção do homem, da existência e da eternidade, antes de dar-lhe vida por meio do pincel: “Frei João assentará toda a sua obra pictórica sobre esta fundamentação doutrinária da escolástica de São Tomás de Aquino”. 12

É realmente palpável a consonância entre as pinturas de Fra Angélico e o pensamento do Doutor Angélico, a ponto de se poder dizer que o primeiro transpôs para o campo artístico a doutrina do segundo. Esta reversibilidade, síntese maravilhosa de espírito cristão, rendeu a Frei João de Fiesole o título de São Tomás da pintura, pois o pintor alcançou, no seu campo específico de atuação, uma genialidade semelhante à do teólogo.

Hoje, passados quase seis séculos da partida de Fra Angélico para o Céu, a melhor maneira de conhecê-lo continua sendo contemplar suas telas e afrescos, e perceber nessas artísticas obras a louçania de sua fé, a inocência de sua alma e a pureza de um coração que amou a Deus sobre todas as coisas. Sem dúvida alguma, sua obra está fixada nos galarins da imortalidade e da glória, e permanecerá para sempre como “um hino de ação de graças onde o universo parece atravessado pelos raios dourados do amor do Criador”. 13

1 ITURGÁIZ, OP, Domingo. El Angélico: pintor de Santo Domingo de Guzmán. Salamanca: San Esteban, 2000, p.91.
2 Idem, p.92.
3 CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. O pintor do sobrenatural. In: Dr. Plinio. São Paulo. Ano VI. N.60 (Março 2003); p.32.
4 Idem, p.33.
5 HEGEL, George W. F., apud DÍAZ FERNÁNDEZ, José María. Beato Angélico o Juan de Fiésole. In: ECHEVERRÍA, L., LLORCA, B., BETES, J. (Org.). Año Cristiano. Madrid: BAC, 2003, v.II, p.377.
6 NESTI, Riccardo. Florença: história, arte, folclore. Firenze: Becocci, 1996, p.42.
7 DANIEL-ROPS, Henri. A Igreja da Renascença e da Reforma. São Paulo: Quadrante, 1996, t.1, v.4, p.190.
8 Idem, p.191.
9 NESTI, op. cit., p.42.
10 ITURGÁIZ, op. cit., p.89.
11 GUIMARÃES FILHO, Luis. Fra Angélico. Rio de Janeiro: A noite, 1937, p.198.
12 ITURGÁIZ, op. cit., p.52.
13 LUCAS-DUBRETON, Jean. A vida quotidiana em Florença no tempo dos Médicis. Lisboa: Livros do Brasil, s.d., p.215.

One response to “O pintor do sobrenatural”

  1. Carlos Rogerio disse:

    No artigo anterior pode-se tirar uma grande lição, duas pedras da mesma natureza (uma opaca e outra com brilho), a primeira símbolo da alma que se fechou a Deus, a outra o contrário tem brilho, reflete a luz, ficou mais claro a missão de cada um vendo Fra Angélico, espelhou a Deus, através da pintura, pois foi docil a voz do Espirito Santo, fez grandes maravilhas.

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